CRB Nacional encerra primeiro dia do Congresso dos 70 anos em Fortaleza com um documentário especial

Compartilhe nas redes sociais

Facebook
WhatsApp
Twitter
Telegram

A terra do sol acolheu os congressistas com as bênçãos da chuva. Centenas de religiosas e religiosos de tantos lugares se encontraram no Colégio Santa Cecília, em Fortaleza – CE, para o Congresso celebrativo dos 70 anos da CRB Nacional. Os participantes foram acolhidos com animação, motivados pela memória do caminho, através de um vídeo institucional e do hino oficial do Congresso, registro fotográfico que ajudam a recordar, trazendo de novo ao coração, as marcas dos 70 anos de mística, profecia e esperança, construída pela participação de cada irmã e irmão, na diversidade de carismas e espaços de presença. Bonitas canções parabenizam a CRB na sua significativa missão de cuidado com a vida. Da regional do Maranhão, o imperativo convite para juntos celebrar: “Nosso grito de alegria, vamos fazer ressoar”.

Nas palavras de abertura, Ir. Silvânia Aparecida e Frei Clézio Menezes dos Santos, da diretoria da CRB, em comunhão com todas as pessoas que ficaram nas comunidades e que fazem parte do nosso peregrinar missionário, recordaram os primeiros passos dos visionários que nos guiaram fundando, há 70 anos, esta Conferência com tanto amor e que, para a história, seu legado deixou. Conquistas e vitórias, cada irmã e irmão, uma parte da história, que moldou nossa trajetória. Na oração, na ação e contemplação, encontramos a mística que nos fortalece e nos guia na missão. Na defesa da vida e da dignidade, no combate à exploração e opressão, manifestamos a voz de Deus que clama por transformação. Em comunhão com a CNBB, caminhamos na construção de uma Igreja em saída. Vida Religiosa Consagrada sinodal queremos ser. Que em nossa voz, a voz dos pobres seja ouvida.

Pelo silêncio orante, nos colocamos em comunhão com a dor que está no ar: o sofrimento do povo do Rio Grande do Sul. Com os olhos fixos no futuro e no Reino que há de vir, continuamos nossa missão com esperança, sabendo que em Deus iremos prosseguir. Ir. Eliane Cordeiro, presidenta da CRB, na alegria do encontro, agradeceu a presença de todos e todas e, confiando este acontecimento à proteção de Nossa Senhora Aparecida, deu por aberto o Congresso dos 70 Anos de Vida Religiosa. Do Papa Francisco chegou uma mensagem linda assegurando sua proximidade e oração, reconhecendo e agradecendo a colaboração da Vida Religiosa Consagrada na missão da Igreja, presente nas diferentes realidades. O Papa destacou a escolha do lema: “Permanecei no meu amor”, na certeza de que permanecendo firme na presença e amor do Senhor, veremos a beleza da vida, olhando o futuro com esperança.

Celebração Eucarística da Abertura

A Eucaristia, celebrando a festa de “Corpus Christi”, nos colocou em comunhão com tantos corpos desumanizados, moradas do Ressuscitado. Pedimos a graça de crescer na busca de solidariedade e serviço. As 20 regionais da CRB expressaram criativamente, através de um caminho de tapetes, o jeito particular da vida e do caminho de cada regional. A riqueza da simbologia aquece os corações e faz crescer a gratidão por tanta vida gestada e cuidada. Glorificado seja, bendito seja Jesus Redentor. De todos os cantos, viemos para louvar o Senhor.

Somos todos CRB. A CRB nasceu para ficar na história. A memória dos presidentes e das presidentas que se empenharam para não deixar que a chama divina se apagasse na vida/missão da Vida Religiosa Consagrada do Brasil, com os destaques no tempo e serviço correspondentes, foi um momento de muita ação de graças. Todos, especialmente os presentes e as mulheres, foram muito aplaudidos.

Homilia

Em sua homilia, o Arcebispo de Fortaleza, Dom Gregório Paixão destacou a importância da presença de religiosos e religiosas na evangelização do Brasil. Não é possível compreender o anúncio e a presença da Boa Nova do Evangelho no Brasil sem a entrega da VRC nestas terras. Entrega que, em muitos casos, se realizou em martírio. O que sustentou tanta entrega foi a profunda mística, centrada no Corpo de Cristo, que religiosos e religiosas viveram. Fundamentada nessa memória e mística, os religiosos e religiosas de hoje são chamados a viver e despertar esperança na Igreja e na sociedade. Dentre as tantas religiosas e religiosos da longa história do Brasil, Dom Gregório lembrou a figura de Santa Dulce dos Pobres, que, com coragem, abnegação e profunda espiritualidade, mobilizou pessoas de todas as condições sociais para levar esperança aos mais empobrecidos da sociedade.

Painel da Memória

Os ex-presidentes Irmão Claudino Falchetto e Ir. Maria Inês Vieira Ribeiro falaram da importância da CRB nas suas experiências de VRC como oportunidade de crescimento e para formação e atualização de todos os religiosos e religiosas do Brasil desde o seu início. A CRB nasceu para fortalecer a unidade entre as Congregações, Ordens e Institutos Religiosos. Ir. Daniela Canavina, secretária da CLAR, trouxe a saudação da presidência e do Conselho da Conferência Latino Americana e Caribenha de Religiosos e Religiosas. Destacou o protagonismo e criatividade da Vida Religiosa Consagrada brasileira. O painel foi concluído com a fala da Ir. Eliane Cordeiro, que, a partir da figura de Maria Madalena, nos chama a ser sinais de esperança. Frei Luiz Carlos Susin deu continuidade à Memória dos 70 anos, ressaltando em sua conferência as duas dimensões do tempo – cronos e kairós – que foram pano de fundo da origem e desenvolvimento da CRB como instituição articuladora e animadora da VRC no Brasil.

Documentário sobre os 70 anos com os ex-presidentes

O dia da Memória foi culminado com a exibição do documentário no qual imagens e falas testemunham um pouco do muito de memória, mística, profecia e esperança vivenciados e anunciados pela CRB em seus 70 anos de história.

Publicações recentes

Reflexão do Mês: Outubro

   Tempo da Criação    Nas últimas décadas, vários segmentos da sociedade têm demonstrado preocupação com a questão AMBIENTAL, especialmente os cientistas. Dentre outros, as

Reflexão do Mês: Setembro.

 “O encontro com o migrante e o refugiado é também o encontro com Cristo”   Vivemos em tempos de profundas crises humanitárias, onde as fronteiras,