Reanimar a Esperança!
Vida Religiosa Consagrada no Jubileu da Esperança
O povo de Deus mais uma vez reviverá em 2025 um Jubileu na Igreja. Dessa vez, um Ano Jubilar ordinário, já que a cada vinte cinco anos se celebra esse momento tão importante no qual se reaviva a esperança na caminhada, sob a alegria da encarnação e do nascimento de Jesus Cristo, o Salvador. Assim, o Francisco de Roma conclama ao Jubileu da Esperança.
Já na concepção bíblica, o jubileu era um tempo de graça para todo o povo; a alegria e a esperança voltavam a dançar no coração das pessoas, tanto cansadas de sofrer sob a opressão dos grandes sobre os pequenos. Os oprimidos alcançavam a libertação de suas dívidas, a reconciliação das penas, a restituição de suas terras e, com tudo isso, a retomada da própria dignidade como filhos de Deus.
No evangelho, o próprio Jesus se apresenta como o realizador da salvação, o Ungido, que anuncia a Boa Notícia aos pobres, a libertação aos presos, a recuperação da vista aos cegos, a redenção dos cativos e a instauração do ano da graça do Senhor (cf. Lc 4,18-19). Nele, a promessa messiânica chega ao cumprimento.
Semear esperança tem sido a missão da Vida Religiosa Consagrada, sempre! Lá aonde parece que não há mais saídas, está um consagrado e/ou consagrada que junto com outros irmãos oferecem palavras e gestos de esperança, como respiro de vida e salvação para todos. Esperança que nasce do amor sobre o qual se enraízam os dons e os carismas de nossas famílias religiosas, cuja fonte é o coração misericordioso de Jesus. Eles ajudam a neutralizar o impacto destrutivo da violência que a guerra, a injustiça social, a indiferença e o egoísmo dos poderosos desse mundo, pelo incansável labor criativo em fazer fluir movimentos de paz e de solidariedade que restauram o ânimo das pessoas, reencantando-as pela utopia de transformar os desafios da vida em motivos para continuar a fraternizar o mundo.
O desejo de Papa Francisco é que esse jubileu seja ocasião para reanimar a esperança. Afinal, todos esperam algo de bom no amanhã de suas vidas, mesmo quando há medo, incertezas e desânimo. Por isso, a Igreja sabe que pode contar conosco, consagrados e consagradas para esperançar a vida de tanta gente, ao longo da caminhada.
Todos são bem-vindos à festa da esperança. Somos gente de esperança; caminhamos juntos e abrimos sempre mais espaços para as pessoas experimentarem a alegria de seguir Jesus.
Fr. Edalan Guedes, O. de M.
Coordenação CRB Brasília, Luziânia e Formosa