O 9º Encontro Inter-religioso do Distrito Federal, realizado para promover o diálogo e a cooperação entre diferentes tradições religiosas, contou com a presença de diversas lideranças e especialistas e teve como objetivo central discutir questões de justiça social, igualdade e respeito mútuo entre as comunidades de fé. A CRB Regional Brasília, Luziânia e Formosa, marcou presença no evento.
Durante o encontro, o Padre Jerfferson Amorim, Jesuíta, do Centro Cultural de Brasília e conselheiro da Coordenação Regional da CRB Brasília, Luziânia e Formosa, teve um momento de fala onde abordou questões cruciais relacionadas ao racismo religioso e à saúde mental. Em seu discurso, ele ressaltou:
“Não tem como não pensar em racismo religioso e saúde mental, sem pensar no que o racismo faz na vida da população negra. É acabar com a possibilidade de ser e, junto com a possibilidade de ser, a possibilidade de existir com dignidade, com auto-estima, com a cabeça erguida, como ser humano que tem direitos e quer viver a sua vida. Então, o racismo religioso destrói a auto-estima e impossibilita viver o exercício de sua fé e práticas religiosas, que geram doenças e sofrimentos com consequências profundas e trágicas. Portanto, precisamos, de fato, de políticas públicas voltadas para vários aspectos. Primeiro, a prevenção e o combate a toda forma de racismo, com essa intencionalidade prática e efetiva em relação ao racismo religioso, já que vivemos em um país majoritariamente cristão que persegue, oprime e mata as populações negras, especialmente aquelas rotuladas como comunidade s tradicionais de matriz africana.”
O 9º Encontro Inter-religioso do Distrito Federal reafirmou a importância de promover a convivência harmônica entre as diversas expressões de fé, colocando em evidência temas urgentes como o combate ao racismo religioso e o cuidado com a saúde mental. Por meio de reflexões profundas e discursos inspiradores, como o de Padre Jerferson, o evento destacou a necessidade de ações concretas e políticas públicas inclusivas que promovam o respeito à diversidade religiosa e assegurem a dignidade de todas as pessoas. Assim, o encontro se consolida como um espaço de diálogo essencial para a construção de uma sociedade mais justa, plural e solidária.
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